Aproveitando minha crise existencial, resolvi escrever algumas linhas....Ontem, conversando com um colega, me deparei com algo que, até então, passava despercebido por mim: a limitação do ser humano.
Geralmente, buscamos independência em todos os sentidos, sonhamos com isso durante a infância toda e, no entanto, não percebemos que vivemos como bichinhos, dentro de uma jaula, criada e sustentada por nós mesmos.
Desde criança, ouvimos nossos pais dizendo que devemos ser assim ou assado para que as pessoas “gostem” da gente; devemos nos vestir de determinada maneira para que as pessoas “gostem da gente” e por aí vai. Depois de adultos, quando achamos que tudo melhorará, devido a nossa autonomia e bla,bla, continuamos ouvindo o mesmo sermão! Agora, não apenas de nossos pais, mas de conhecidos, amigos, familiares e pessoas que adoram se intrometer na vida dos outros.
Para sermos aceitos pelos demais, conseguirmos um emprego ou até mesmo uma companhia interessante, precisamos (principalmente, nós mulheres) usar determinada roupa, determinado tipo de sapato, corte de cabelo, penteado, fazermos lipoaspiração ou entrar na academia para ter um corpo à la Gisele Bünchen (porque caso contrário, ninguém gostará de uma pessoa acima do peso), nos comportamos de determinada maneira para não parecermos agressivas, ou fáceis, ou difíceis, ou meigas, ou idiotas, ou ... ou...ou...ou...Afff!!
Pensar em tudo isso cansa!!! Será que não podemos ser simplesmente nós mesmos? Do jeitinho que somos, gostamos, nos faz feliz??
Ando meio cansada de tudo isso...e como disse para o tal colega: “Não quero ser escrava de um padrão que eu nem sei quem inventou. Não sirvo pra isso. De qualquer forma, se tudo o que sou e aprendi até hoje não valeu nada, simplesmente porque não tenho uma barriga perfeita, nem seios turbinados, nem fiz plásticas para corrigir imperfeições, então, prefiro continuar sendo nada pro resto da vida, a fazer parte dessa ditadura da imagem”.
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