Hoje, bateu uma vontade súbita de escrever. Talvez, por não ter com quem falar certas coisas...então, escrevo.
Como eu já esperava, tudo o que chega rápido em nossas vidas, vai embora com a mesma rapidez. Todos sabemos disso, mas preferimos questionar e, às vezes, apostar que talvez as coisas possam ser diferentes. Porém, ando descobrindo aos pouquinhos, que em alguns casos, as coisas andam em círculos mesmo e, por mais que eu tente mudar, elas simplesmente não mudam.
Descobri por exemplo, que infelizmente, todas as pessoas que gosto e são importantes pra mim, sempre precisam ir embora da minha vida de uma maneira ou outra. Sejam elas, parentes, amigos,namorados, elas sempre têm que ir e não posso fazer muita coisa para impedí-las.
Já havia feito essa constatação há algum tempo. E a cada dia, aprendo a lidar um pouquinho mais com isso. Quando o "outro alguém" entrou na minha vida, eu já sabia que, logo, logo, ele teria que ir, como todos os outros. Mas diante de tanto carinho,atenção, alguns planos e algumas promessas, quis acreditar (novamente) que poderia ser diferente. Que talvez, ele pudesse ficar. Mas ele não pode.
A vida, mais uma vez, levará uma das pessoas que gosto embora. Seja por meio da distância física ou da simples distância psicológica (aquela em que as pessoas estão próximas apenas fisicamente).Então, resolvi escrever este post, talvez para dividir com ninguém, o nozinho na garganta que estou sentindo. Talvez, para eu me conformar com uma situação que eu sabia que aconteceria cedo ou tarde.
Como falei para o "outro alguém": o importante é que existiu. Pode não ter durado muito. Talvez, tenhamos nos conhecido na época errada (estará errada mesmo?), mas o que sentimos (Sentimos? Posso falar apenas por mim), em pouco mais de 1 mês, pode ter significado mais que 1 ano ou uma vida. Descobri, que não importa quanto tempo ficamos com uma pessoa, mas como aproveitamos tudo isso.Fiquei feliz porque as coisas aconteceram. Fiquei feliz por saber que a minha sensibilidade ainda existe - Nalgum lugar em que eu nunca estive, alegremente além -, fiquei feliz por saber que existiu alguém que se importou comigo, que de alguma forma, me entendeu e que fui capaz de retribuir isso, pela primeira vez na vida. Alguém com quem aprendi que podemos deixar algumas coisas acontecerem, sem tantos medos ou bloqueios.
Nesse pouco tempo, fui feliz e sabia disso. Me senti bem, como nunca tinha acontecido e, isso, por si só, já faz toda a diferença.
Amor??? Alguns chamam isso de amor. Confesso que não sei como denominar. Afinal, também descobri que nunca amei ninguém (que não fizesse parte da minha família...hahah). Prefiro não rotular. Apenas sinto e fico feliz que tenha existido. Mesmo que agora, eu não tenha mais com quem dividir; que alguns planos já não façam sentido; mesmo que agora, eu tenha que visitar o Louvre sozinha (como eu pretendia fazer). Não importa. Sinto-me feliz porque simplesmente aconteceu. E isto é tudo.
Quase Nada (Zeca Baleiro)
De você sei quase nada
Pra onde vai ou porque veio
Nem mesmo sei
Qual é a parte da tua estrada
No meu caminho
Será um atalho
Ou um desvio
Um rio raso
Um passo em falso
Um prato fundo
Pra toda fome
Que há no mundo
Noite alta que revele
Um passeio pela pele
Dia claro madrugada
De nós dois não sei mais nada
Se tudo passa como se explica
O amor que fica nessa parada
Amor que chega sem dar aviso
Não é preciso saber mais nada
Friday, August 31, 2007
Friday, August 17, 2007
Embora eu já esperasse a notícia...ficou um nozinho na garganta.
Confesso que não consigo entender algumas coisas...
Confesso que não consigo entender algumas coisas...
não consigo entender o que está havendo, não consigo definir o que sinto, enfim...
A cada dia, descubro que tudo é efêmero, que tudo passa e não há muito o que fazer para mudar isso. De alguma maneira, tudo tem que passar...
Hoje, por enquanto, sem texto.
Strani Amori (Renato Russo)
Mi dispiace devo andare via
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sai libero con il cuore nel lo stomaco
Un gomitolo nell'angolo
Lì da solo, dentro un brivido
Ma perché lui non c'è
E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Ma sapevo che era una bugia
Quanto tempo perso dietro a lui
Che promette e poi non cambia mai
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
E lo aspetti ad un telefono
Litigando che sai libero con il cuore nel lo stomaco
Un gomitolo nell'angolo
Lì da solo, dentro un brivido
Ma perché lui non c'è
E sono strani amori che
Fanno crescere e sorridere
Fra le lacrime
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere
Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che va per noi
E quante notte perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore
Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi
Strani amori fragili Prigionieri, liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
Strani amori fragili Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi
Mi dispiace devo andare via
Questa volta l'ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te
Quante pagine lì da scrivere
Sogni e lividi da dividere
Sono amori che spesso a questa età
Si confondono dentro a quest'anima
Che si interroga senza decidere
Se è un amore che va per noi
E quante notte perse a piangere
Rileggendo quelle lettere
Che non riesci più a buttare via
Dal labirinto della nostalgia
Grandi amori che finiscono
Ma perché restano nel cuore
Strani amori che vanno e vengono
Nei pensieri che lì nascondono
Storie vere che ci appartengono
Ma si lasciano come noi
Strani amori fragili Prigionieri, liberi
Strani amori mettono nei guai
Ma, in realtà, siamo noi
Strani amori fragili Prigionieri, liberi
Strani amori che non sanno vivere
E si perdono dentro noi
Mi dispiace devo andare via
Questa volta l'ho promesso a me
Perché ho voglia di un amore vero
Senza te
Thursday, August 02, 2007
Não sei quantas almas tenho (Fernando Pessoa)
Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo : "Fui eu ?"
Deus sabe, porque o escreveu
Nossa, nem sei como começar este post.Existem tantas idéias passando pela minha cabeça e não consigo traduzí-las em palavras...
Há alguns posts, comentei que as coisas podem começar e terminar em fração de segundos. Não consigo entender isso de maneira lógica,apenas descobri que algumas coisas simplesmente acontecem, acabam com a gente e têm todo um significado, um motivo maior.
Alguém dizia que me amava e sumiu. Alguém que talvez eu amasse também. Alimentei esperanças, desanimei, caí, levantei, me iludi, morri e ressucitei. Renasci das cinzas, um pouco diferente do que eu era, um pouco mais fria, mais humana, menos triste...forte.
E tudo passou. Meu sofrimento se tornou indiferente. O Amor que talvez eu sentisse, também. Morto? Talvez. Se é que existiu um dia.
Mas eis que no meio desse turbilhão de informações e descobertas,encontro outro alguém, que teoricamente eu nunca olharia e, o mesmo, não me olharia em hipótese alguma. Eis que, num primeiro momento, nos odiamos.
A partir daí, nos olhamos, conversamos e nada mais fez sentido.
Como pode, pessoas tão opostas, serem tão iguais? Podem pessoas tão iguais, descobrirem que possuem sentimentos?? Como pode, pessoas tão desapegadas e livres, descobrirem de repente que algo mais existe? Existirá mesmo algo mais?
Deixamos nossos medos e travas de lado, e estamos nos entregando a algo que não compreendemos. Será necessário compreender algo?
Sinto-me um pouco perdida. É como pular do alto de uma torre e esquecer de amarrar a corda. Não gosto de não compreender. O mundo ganhou um pouco de cor. Não gosto de não conseguir ser racional. Simplesmente sinto. Só espero que isso, não acabe mal...
Há alguns posts, comentei que as coisas podem começar e terminar em fração de segundos. Não consigo entender isso de maneira lógica,apenas descobri que algumas coisas simplesmente acontecem, acabam com a gente e têm todo um significado, um motivo maior.
Alguém dizia que me amava e sumiu. Alguém que talvez eu amasse também. Alimentei esperanças, desanimei, caí, levantei, me iludi, morri e ressucitei. Renasci das cinzas, um pouco diferente do que eu era, um pouco mais fria, mais humana, menos triste...forte.
E tudo passou. Meu sofrimento se tornou indiferente. O Amor que talvez eu sentisse, também. Morto? Talvez. Se é que existiu um dia.
Mas eis que no meio desse turbilhão de informações e descobertas,encontro outro alguém, que teoricamente eu nunca olharia e, o mesmo, não me olharia em hipótese alguma. Eis que, num primeiro momento, nos odiamos.
A partir daí, nos olhamos, conversamos e nada mais fez sentido.
Como pode, pessoas tão opostas, serem tão iguais? Podem pessoas tão iguais, descobrirem que possuem sentimentos?? Como pode, pessoas tão desapegadas e livres, descobrirem de repente que algo mais existe? Existirá mesmo algo mais?
Deixamos nossos medos e travas de lado, e estamos nos entregando a algo que não compreendemos. Será necessário compreender algo?
Sinto-me um pouco perdida. É como pular do alto de uma torre e esquecer de amarrar a corda. Não gosto de não compreender. O mundo ganhou um pouco de cor. Não gosto de não conseguir ser racional. Simplesmente sinto. Só espero que isso, não acabe mal...
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