Friday, March 07, 2008
Ontem, estava eu voltando pra casa e reparando nas pessoas à minha volta. Algumas se derretiam por seus "amores", outras reclamavam das relações que suportam porque não enxergam mais o futuro. Pessoas, no geral, acomodadas, com seus empregos infelizes, a vidinha que aturam, a mesmice diária e suas almas mortas.
Fiquei pensando com meus botões. Por alguns momentos, tentei me imaginar em situações semelhantes. E se? E se...? E... se??? Se...
Tentei me imaginar casada, com uma casinha, filhos e essas coisas que a maioria das pessoas deseja: uma vida normal e feliz. Conscientes ou não, acabamos lutando por isso: construir uma vida confortável, ao lado de quem gostamos.
E cheguei à uma conclusão definitiva: eu não sirvo pra isso!
Lembrei do outro alguém. Tínhamos algo normal e eu gostava daquilo. Mas, se ele não tivesse ido pra longe, se estivesse aqui ainda, ao meu lado, nós simplesmente não estaríamos juntos.
Independente de tudo o que tenha acontecido. Não estaríamos. Porque eu não suportaria uma vida normal, comum. Eu morreria aos poucos, como as pessoas que vi ontem.
E por um momento, me senti profundamente feliz. A vida é sábia e como já disse em outros posts, muitas vezes, sofremos porque queremos. Fiquei chateada devido à maneira como as coisas sucederam, mas, teria sido infinitamente pior, se tivéssemos continuado aquela história. Eu estaria com alguém que me queria bem, que me proporcionaria uma vidinha comum (que eu curti, nos primeiros momentos), porém, não haveria nenhum tipo de crescimento. Seria aquilo...apenas aquilo e minha alma morreria como tantas outras.
Hahaha, não! Não sou um ser assexuado ou algo assim. Também não sou nenhum tipo de eremita. Quero construir coisas, conhecer pessoas, encontrar aquele ser especial. A questão, é que essa pessoa não seja totalmente normal e procure buscar coisas além do comum. Não falo de dinheiro. Falo de sonhos. Sejam quais forem.
Todos buscam dinheiro, fama, reconhecimento. Eu não fujo disso. Mas o quê utilizamos para conseguirmos isso, pode fazer toda a diferença.
Eu não agüentaria estar com alguém e viver uma vida normal. Não conseguiria ter filhos e me acomodar com uma situação que me faz infeliz. Eu morreria, ao ver que apenas suporto a vida ao invés de vivê-la (e olha que fiz isso por muito tempo).
E fiquei feliz...por tudo isso. Pelos planos não terem dado certo, apesar de eu ter desejado o contrário. Por eu perceber a tempo, que não preciso me apropriar dos problemas de ninguém - já tenho os meus - e nem dos filhos e "exes" dos outros - ufa!!
Principalmente, fiquei feliz, por chegar à conclusão e absoluta certeza (e olha que nunca tenho certeza de nada) de que não quero uma vida normal...
A partir de agora, todas as minhas escolhas, lá de trás, fazem algum sentido...
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