Se... já foi.
Num momento, segue-se a intenção e a sua extensão com uma máquina em mãos, que ao alinhar suspiro e visão, secciona um tempo, que como o céu, não se repete. Aproxima-se da filosofia do sniper: "one bullet, one shot", mas pede-se sangue quente e vibrante. Há quem corrobore em demasia metralhando e fazendo buracos ao esmo. É um mal da tecnologia essa despersonalização do repente, de se fazer e desfazer até ficar fotogênico, como se o mundo parasse para que se pudesse colar os estilhaços de um coração.
A todo momento, o repente, quando acontece, pode fazer uma vida inteira passar na virada de uma página sem a real pretensão da complexidade que as pessoas, por catarse, atribuem àquilo que consideram como a concreta realidade. Assim como uma foto, ainda que com a idéia primeira do estático, tem a magia de carregar as pequeninices de um dia; um gesto, por vezes, significa muito mais do que celebrar bodas.
***
Uma vez mais deixei pra depois, e as eternas lições juvenis de como aproveitar a vida - juvenis pois quando o amanhã começa a ficar curto, parece que menos se arrisca; talvez seja esse o mal da velhice - ficaram emolduradas na parede, feito um troféu há tempos conquistado. O que ele pensaria se me visse assim, folheando esse livro em branco? Ele bem que poderia trazer a tinta... (não há nada melhor do que os três pontos)
Wednesday, January 09, 2008
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